Pequenas e divertidas histórias sobre personagens boêmios de um bar que, por muitos anos, abrigou uma verdadeira fauna social de Copacabana.
“Os garotos e veteranos estavam a postos na porta do bar quando um desavisado mandou o torpedo fatal:
“Quem é aquela garota nova, lourinha, que agora trabalha com vocês?”.
Acabou o amor. As duas garotas de programa passaram do céu ao inferno, os
lábios sorridentes viraram dois tanques de guerra, caras imediatamente fechadas:
“Que conversa fiada é essa de garota nova? Não tem este papo não, lourinha é
só a gente. Falta de cortesia, hein?”.
Fred, um dos experientes frequentadores do bar, sempre com seu copo de Samba em Berlim, percebeu o clima belicoso e entrou como uma verdadeira tropa de paz da ONU (com sua voz quase rouca e roqueiraça):
“Olha só, garotas, os rapazes não fizeram por mal: é que a menina que subiu depois era muito bonita, não como vocês duas, mas tinha um charme que sugeria ser da L’uomo também. Ninguém tirou o valor de vocês, foi apenas curiosidade.” (tragando um gole de Samba e abrindo um sorriso).”